Tuesday, December 25, 2007
Thursday, December 20, 2007
nada de mais, nada atráves...
ninguém tem me respondido nada, nem tenho querido nada. não quero penas de alguma alma mesmo que penada, e não é que eu esteja sem sentir calor nem fogo, como o arnaldo antunes numa das músicas dele, mas... nada. não tenho atrasado nada. nem adiantado nada. nem em tempo nada.
não tenho esperado nada. nem anh..nada.
Wednesday, December 19, 2007
please disturb
e não sou bipolar não, hein!
diluir-me
ando de mau humor por não ter um bom motivo pra estar de bom humor. mesmo sabendo que ele não me é necessário...
ou por que meus bons motivos se tornaram não motivos, ou bons motivos pro oposto do meu ex estado de espírito. ou então talvez eu não tivesse um bom motivo mas se precisasse de um eu tinha no meu estoque mas ele sumiu. entende? heh
ando assim, hoje, mal humorada e decepcionada.
e decepcionante também. mas ah, isso não é de hoje..
tava pensando em mudar o título desse post pra 'do not disturb', mas acho que no fundo eu quero que alguém me perturbe. pro bem. o resto que se perturbe sozinho...
Tuesday, December 18, 2007
saudade assim faz roer
saudade amarga que nem jiló...
ai que me dera...
Monday, December 17, 2007
Little Jeannie
Sunday, December 16, 2007
em seguida..
pra que saber da alma ou do corpo? ou dos dois juntos?
alguma coisa funciona ali e é isso.
se eu conseguisse lidar bem com essa simplicidade das coisas, com esse prato raso que fazem dos sentimentos, eu com certeza me jogaria muito mais. mesmo que desse de cara no prato.
mas não teria um blog.
soul meets body
tô de ressaca. e agora?
Saturday, December 15, 2007
fera adormecida
como vou eu, explicar um instinto depois de tê-lo recolhido? por favor, que seus resquícios se apaguem assim que a a madrugada adormecê-lo.
Friday, December 14, 2007
:)
meu dia está lindo. e quietinho.
cranberries é sempre minha melhor companhia nesses dias. :)
Thursday, December 13, 2007
quanto pesa a leveza
não a esvaziei. quis enchê-la.
Wednesday, December 12, 2007
com açúcar com afeto
minha trilha sonora de hoje..na voz da Fernanda Takai
Tuesday, December 11, 2007
tenho sabor
todos são pontos positivos.
são meus dias de leveza. e nada insustentáveis...
Monday, December 10, 2007
perca-se
(tô pensando na continuação)
mas ah, não tem uma continuação, né? o que se perde perdido está. não nos encontramos dentro disso mas se encontra tudo isso em nós. até o fósforo. o clarão é sempre nosso..
ou então, ganha-se novos.
Sunday, December 09, 2007
Friday, December 07, 2007
pra quê serve?
(me) explicar isso também?
não quero nada disso. hoje não quero saber de mim. nem dos meus seminários sobre mim mesma.
Wednesday, December 05, 2007
corar
sei que ao colocar palavras na minha boca algo as tirará de mim quando te olhar...
há amor
Vou.
Todo o abismo é navegável a barquinhos de papel, dizia Guimarães. E acho que os ganhei...
Perdi muitos amores pra descobrir que amor há em mim e há muito. Há amor em tudo que me enreda..Cambaleio pra saber andar mas ando pra saber tropeçar e dançar em plena imensidão...
As feridas são como o a fragilidade do vidro...Não deixam de vir do fogo...
Thursday, November 29, 2007
vida a dois
Sunday, November 25, 2007
ópio
Acordei com meus pés no chão conflitando com os seus, num sapato preto, e reparei meus olhos aquarelando nos seus. Como é bem isso?
Você se aproximou de mim sem mexer um músculo do corpo. Eu esperava uma fusão de corpos mas anatomicamente isso não seria possível.
Aí você desistiu de que a física quântica fizesse alguma coisa por nós e me pegou no braço e me trouxe até seu colo. Me sentou de pernas abertas nas suas pernas quase abertas, numa calça jeans horrível desbotada que eu não conhecia mas sabia que você insistia em usar.
Se você me olhasse mais, a aquarela viraria um oceano e afogada eu estaria. E mesmo que fosse por isso que eu pedia todos os segundos dos meus dias, que fosse por isso que eu pedia quase calada todas as noites da semana, eu tremia. Mas você veio.
Veio e se lançou, veio e se fincou. E aí, eu entrei. Você entrou. Como no Fale Com Ela, do Almodovar. Mais cinza e espiritual pra quem nos fosse filmar. E eu fui vendo tudo em você. De cima abaixo, do meio a cima, de baixo ao meio, da esquerda a direita. Os cabelos, o corpo, o lenço, as mãos, o toque, a voz, e agora então eu estava prester a me deparar com as entranhas, as cordas vocais, o ventre, os ossos, e era tudo você. O que eu queria de você: você
Comecei a ver embaçado
Aí você veio mais e mais, ou eu que entrei mais e mais sem perceber e caí. Caí e de comoção, chorei. Ali eu me refugiei do mundo e só ouvia você, só via você, só sentia você, só tocava você, só contemplava você, só entornava você, só desviava em você, só me deparava com você. E foi então que percebi que talvez eu estivesse dentro de mim.
Seu lábio tocou meu rosto, cerrou meus olhos, sua saliva me tocou como o ópio toca o organismo dos mortais, e você desceu em mim. Sua boca desceu em mim, seus dedos desceram em mim, seus olhos desceram em mim. E cada vez mais eu te deixava entrar, arrombar a porta do meu ser, tocar meu corpo com gestos inimagináveis, penetráveis, tangíveis e sensivelmente delicados; E escancarando-se em mim, sem contemplar, sem recitar, sem ninar, mas escancarando-me pra você, entrando sem a permissão consentida, arrombando as minhas portas que ansiavam por isso, me drogando na sua saliva e me sujeitando a sua carne...
Eu acordei.
Friday, November 23, 2007
valsa
e quero a ti, em asas azuis;
quero te, a flanar cores que diluis
e quero cair em ti em plena escuridão
quero a ti, simples traço
e tua suspensa amplidão
quero em ti solução
e jamais descompasso..."
Thursday, November 22, 2007
a viver
passo- me a vontade de arder meus olhos pra poder cair onde meu corpo caísse...
por que pra todos os lados que olho, eu não olho, e todos os cheiros que sinto, eu não sinto. tudo que ouço, não ouço, e tudo que quero, desquero.
mas ouvi dizer que me deram a vida..não a eternidade...
então?
ensina-me
Tuesday, November 13, 2007
Friday, November 02, 2007
"...assim como teu corpo, que não é o mais belo
mas que é teu
e envoltará meu corpo no teu corpo
como uma concha a envolver a peróla
a deitar...
as tuas cores que não são únicas
mas tu, que tem cores a entornar-te quando vejo-te sem olhar
vivendo sem me ter lúcida
sem recitar
o que ouves, o que ouves que não é o mais belo
mas acentuo no último verso o que toca em ti
que é o que toca em mim pra ti
e o que te toco é o belo
por ser teu
e por fim toco-te
sem nem ao menos cantar..."
Wednesday, October 31, 2007
grandes prazeres
retirando-me
tenho treinado isso. acho que é funcional. treinar, no caso. não necessariamente o desprezo do ego. até porque pode servir pra ver a falta que ele faz.
Thursday, October 25, 2007
Ah, Vinicius...
E de noite em sua cama
Dorme sozinho
Sofre pelo que não chama
De manhã, em sua cama
O seu carinho.
Sofre pelo que procura
Apenas uma aventura
Por esta vida
E tem de cada criatura
O viço que pouco dura
Na flor colhida.
Sofre por quem não espera
E vê em cada primavera
O doce instante
E que não planta um pé de hera
Com que chegar à primavera
Desabrochante.
Monday, September 17, 2007
tempos depois...
"Mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar."
"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "
LIMITAÇÃO HUMANA
Sunday, June 10, 2007
Thursday, May 24, 2007
fim da infinda tinta de pintar tristeza.
e assim, delicadamente e arrancando pedaço, a paz brotou.de hoje em diante não tem ponteiro. não é mais conhecido o contar de tempo - por que é o tempo todo durante todo o tempo. toda a hora é hora. minuto é mais e menos, assim, tic tac, onomatopéia acalmada e antítese simplificada quando minhas pinceladas tocam a tela curva que me falta, mas volta - logo - ao centro da cama. no centro do jardim regado a suor. cheiro. nossos. como tudo que gira em (nossa) volta, agora - nossos. giro em deleite e devoro. devoro a paz-presença-corpo-toque-fala-cala-falta.
devoro-te
Monday, May 14, 2007
Barco embriado ao mar.
Flecha, projétil lançado ao mar
Lançando-me à ventos sulistas
Correntezas marítmas
Correm-me.
Eu me nado. Inundo-me
Cortam-me terras e verdes
Amarelam-me os sóis
Terra, azul, vento e mar
A sós
Apoio-me em barragens insólidas
Vento-me. Invento-me
Vendavam-me vendavais
Não escuto
Salidifico-me.
E se me finco, desfinco
Desficam-me
E ficam-me
Lágrimas em repouso
E nada segue
Nado cega
Ventos do norte
Arrastam-me, arrasto-me
Quanto tempo demoro
A voltar ao mar?
Vento, terras poucas?
Não me deixo deixar...
Wednesday, May 09, 2007
nômade
tanta coisa já passou pela minha cabeça e corpo esses dias que nem vale a pena começar. nem terminar. enfim...
essa minha vontade de viver e essa falta de vontade de escrever é que tá fazendo isso comigo. e é sempre quando decido resistir a ansiedade que vem bater porta aqui. e ela entra, viu? entra, faz barulho, baderna, grita esperneia bagunça, aí eu mando ela embora e decido sair eu. deixar essa bagunça de lado. não é uma coisa bem como varrer-pra-deibaixo-do-tapete, é algo como trocar de piso junto com a sujeira. aliás, não pisar. é bom, até que volte. é um ciclo, sempre volta, as vezes pelo mesmo motivo, mas só por que ela precisa de um motivo pra entrar. e eu gosto, gosto dessa bagunça que se cria de vez em quando. eu não limpo mesmo..só deixo...e deixo...acho que tô virando nômade sem saber. e oh: até que é bom!
Tuesday, April 03, 2007
pra sempre pra frente
Nostalgia é engraçado né? Eu tava aqui, vendo fotos e ouvindo uma música que me remete os tempos (bem) passados e a sensação que dá não é de querer voltar atrás. Só passa pela cabeça a irônia de pensar que toda a intensidade que havia no momento, se esvairou. Virou pó - hoje se transformou só numa irônia da vida que de vez em quando por acaso passa pela sua frente, ou pelos seus ouvidos...
Wednesday, March 28, 2007
Monday, March 26, 2007
cecília
Quantos artistas entoam baladas
Pra suas amadas com grandes orquestras
Como os invejo
Como os admiro
Eu que te vejo e nem quase respiro
Quantos poetas românticos prosam
Exaltam suas musas com todas as letras
Eu te murmuro
Eu te suspiro
Eu que soletro teu nome no escuro
Me escuta, Cecília
Mas eu te chamava em silêncio
Na tua presença
Palavras são brutas
Pode ser, que entre abertos, meus lábios, de leve
Tremecem por ti
Mas nem as sutis melodias
Merecem, Cecília
Teu nome espalhar por aí
Como tantos poetas
Tantos cantores
Tantas Cecílias com mil refletores
Eu que não digo
Mas ardo de desejo
Te olho
Te guardo
Te sigo
Te vejo dormir...
quem diz que não é a música mais linda desse meu brasil? deus do céu...
Tuesday, March 20, 2007
"Talvez o mal é que a gente pede amor o tempo todo. Não se preocupa nunca em dar amor, sem esperar reciprocidade (...) a gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pra pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega (...) A gente sempre procura um amor que dure o máximo possível. Procura , procura, procura, talvez tu aches.
Pra mim é horrivel eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre 2 encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, ás vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa, uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não aguenta o fato de estar sozinho. Eu me sinto super feliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu. "
Caio F - out/70
japonês em braile
eu gosto mesmo é do meu incosciente.
assim, de vez em quando falta compatibilidade entre nós
mas é com ele que fico
completa minha cama, sabe
Monday, March 19, 2007
nessa espera o mundo gira em linhas tortas
as palavras tão dispersas, perdidas
e eu espero em pé pelo acerto das linhas (contidas)
meus movimentos pararam, meu pião não anda pra trás
aí termina
enlaço minha lógica
sem rima.
de lado sentindo
de frente..?
anh?
repetindo e repetindo
eu ando quieta, calma, tentando preencher uma lacuna que desde sempre é lacuna, ando com os olhos pouco atentos pro mundo, presto atenção nas palavras, não nos lábios que as emitem, ou na voz de entonação rígida ou desleixada que deveria ser notada...
tenho mil perguntas dispersas em centenas de cadernos perdidos no quarto, e se eu fosse fazê-las...elas seriam respondidas pela minha incerteza.
muita coisa já foi posta pra fora, e outras parecem ter estagnado uma sombra de uma luz que...não deveria ter sombra, e na verdade, não a tem.
meu contexto não me encanta, os detalhes pequenos, pequenos detalhes, detalhadamente detalhados são meu passa-tempo, o ruído numa melodia que não existiria se não tivesse ruído. e quando acaba, quando o disco muda, é perceptível que eram tão baixos, calmos os ruídos, que não afetvam a música, não se quase ouviam...
preciso de muitas respostas, preciso achar muita coisa, e preciso, acima de tudo...repetir o disco, emudecer os ruídos..
Sunday, March 18, 2007
guarde um sonho bom pra mim
tive um sonho em que nem tudo foi bom, mas que tudo que houve nele era, - até conscientemente - o que eu almejei nos últimos dias. acordei com a sensação de que tivesse alcançado o que os meus braços não são capazes de alcançar aqui, nesse meu viver consciente...talvez outros me alcancem. e não, não houveram braços, abraços...houveram palavras, que é o que tem me movido nos últimos dias, palavras de parar qualquer ímpeto antes de ouvi-las.
e gente,
www.myspace.com/brunacaramm
lindo, lindo...
qualquer coisa que se diga...
e tem vezes que não tem nada dentro. a gente tenta, vasculha, sacode, vira de ponta cabeça, e quando acha alguma coisa...fica lindo. mas aí se percebe que não tava dentro. e quem fica de ponta cabeça é a gente..
Friday, March 16, 2007
de manhã é tudo mais bonito
gente em pé descendo com o sol subindo
Thursday, March 15, 2007
lá
mas qual é ela, né?
Wednesday, March 14, 2007
até o fim raiar.
em frente, adiante, assim, com os passos largos...tenho medo do hoje. e cria-se uma antítese em relação ao futuro...a ansiedade...e mais medo...
mapa do meu nada II
Tuesday, March 13, 2007
vazio lotado de infinito
cadê?
horóscopo...
Todos os sentimentos que são engolidos à seco, porque teoricamente não seria adequado manifestá-los, acabam se transformando em ressentimentos que, depois, sua alma nem terá como lembrar os acontecimentos onde verdadeiramente se originaram.
Monday, March 12, 2007
definições
já perceberam que é tamanha diferença e não se sabe distingui-los em algumas situações? essa coisa de sentir é que estraga.
ué, pra quê?
e enquanto o resto pinga, a gente quer mais é mudar o que não tá ao nosso alcance, né não? míssil lançado não volta atrás.
mas eu quero é que pelo o menos exploda algo.
ou não
Thursday, March 08, 2007
Tuesday, March 06, 2007
acostamento.
Luz do dia no amanhecer da noite
Pôr da tarde enquanto anoitece o dia
Minha essência é da flor que sou, que cuidas. É a unção dos perfumes iguais que exalei em outros corpos, outras mãos que me cuidaram, passaram e não ficaram por serem apenas tuas mãos que me cabem, teus passos que estagnam, teus braços que me movem...
Monday, March 05, 2007
love love love
engraçado como soa bem melhor do que
'eu vejo amor em todo o lugar' , né não?
é isso...eu vejo.
tudo errado.
e cada vez vejo mais cimentada uma parede em mim. cimento e lágrimas, já dizia chico, né não? e o que há em mim de bonito e amplo não é sincero. a sinceridade foi cimentada, ergueu-se em tamanha amplidão que deveria ser voltada para outra coisa...
muito frio aqui...impressão de calor ali.
e assim sigo. fazer o que?
Friday, March 02, 2007
fazem.
deve-se fazer levando em conta apenas a repercurssão que refletirá na própria alma.
tá entendido?
tá dito então.
Thursday, March 01, 2007
não adianta
eu empurro, puxo, dou um jeito de fazer a hora quase-certa ser a completamente certa. e mesmo enganando a mim e a quem vê, ela continua sendo quase-certa.
eu faço alguns movimentos que aparentam sutilidade e descrição, mudo-os, moldo-os, mas digo-vos: não há moldagem ou molde feita/o à mãos pro abstrato. e não há mudança feita por nós que desfaça o que foi feito graças a o que é. tão me entendendo? mesmo enganando os olhos e a mente empurrando, puxando, moldando, mudando, eu não sinto. sabe por que? por que não há empurrão, puxada, molde ou mudança que mude o não. não agora...ele cairá ou estagnará por si. moldado pelo tempo, pelo vento, mudado por si.
blog.
pra quem passa muito tempo sentado em frente à um computador, escrever suas passagens no mesmo é mais cômodo, menos trabalhoso do que sair do mesmo e pôr-se a escrever numa folha de papel...
mas já nele, escolhe-se a estética e se ele se tornará ou não público. então, de alguma forma, isso tudo, a estética, o contexto, os textos, os pequenos detalhes que tanto importam, são para serem vistos. e é uma questão de 'quem lê' que nos faz privar ou desprivar o resto de ler.
alguns textos deixam o escritor tão orgulhoso de si, por saber usar as palavras certas com a entonação certa que a vontade de expor isso até floresce. mas ao mesmo tempo, desabafos mais simples e mais pobres de boas palavras e colocações deixam que a idéia de exposição lhe incomode.
mas perá lá, esses desabafos mais simples e pobres de boas palavras, colocações e idéias não são pobres em si. há só um entendimento maior de si para consigo e até para com os outros sem grandes enfeites. mas há medo, medo de se expor assim, sem nem ao menos alguma subjetividade para quem lê.
medo de mostrar a si, medo de ser-se em belas palavras mas ao mesmo tempo em palavras simples, em textos diretos, em revoltas voltadas à um sentimento que não devia ser exposto. e por que não? por que há medo.
Wednesday, February 28, 2007
ok.
mas olha lá, admito que hoje nada de ruim me invadiu e me tomou enquanto eu estava no mesmo lugar, mas fazendo outras coisas sem ser estar sentada aqui. solidão em geral me invade de uma forma arrebatadora, posso ver qualquer coisa à minha frente, atrás de mim. mas ao meu lado não. e isso me toma, me engole. mas o ato de estar sozinha comigo mesma e ao mesmo tempo muito bem acompanhada também me toma. ou ao menos me tomou, hoje. de uma forma muito convidativa. como quem diz 'venha sempre, viu' e é respondida na mesma entonação. agradecendo ambos os lados...
ai, muita coisa boa hoje... só. (de solidão)
fui ao cinema e me percebi muito observadora. sentei no café alguns minutos antes do filme, e duas senhoras estavam sentadas tomando café também. uma em cada mesa. aquelas senhoras simpáticas, não aquelas rabugentas com cara de quem não gosta de nada à sua volta. uma ainda era mais simpática, a outra parecida mais fechada. aliás, creio que mais sozinha. enfim, uma senhora de rosa e uma senhora de verde. combinando dos pés à cabeça. de repente chegou uma terceira senhora, e disse 'por que as duas em mesas diferentes?' e percebeu alguns segundos depois de dizê-lo, que havia confundido a senhora de verde com uma outra amiga, e se corrigiu 'ai, pensei que fosse a maria amélia, lembra, não lembra?' - perguntou à sua amiga (creio eu) de rosa. e a senhora de verde olhava pra mesa das duas,enquanto a terceira senhora se sentava com um olhar como quem diz 'ei...', meio vago, como quem quer dizer algo mas não se sabe o que, sabe? então lhe veio à cabeça 'ela também chama maria amélia?' e a terceira senhora respondeu que não. achei muito peculiar a senhora de verde querer muito a atenção das duas, todos os seus gestos e olhares eram como quem queria se aproximar...assim, mesmo sendo sozinha e se adequando à isso, a atenção alheia lhe era necessária, ou se não necessária, querida...
e gente, 'fonte da vida' é um puta filme lindo. tanto a estética quanto o contexto. muito bom mesmo! recomendo.
Monday, February 26, 2007
resto
sabe aquele resto do mundo que não tem nada com nada mas que poder ter tudo a ver com a metade do ponto? então, é isso.
você não atira num filha-da-puta por que o resto vai te causar consequências, você não come a mulher do seu amigo por que o resto (no caso, seu amigo) vai te causar consequências também. e por aí vai. claro que eu sou muito mais dramática e o resto do mundo no meu caso não deveria ser receado. mas ele é, tá me entendendo? eu receio e eu volto atrás. deixo de fazer, faço e desfaço. minha metade do ponto pode deixar o resto entrar...
Thursday, February 22, 2007
Wednesday, February 21, 2007
esperando aviões.
Tzvetan Todorov
é isso, isso sempre e isso simples. peço desculpas pela fraqueza de precisar de um suporte, da minha outra parte que não se encontra em mim...
whats inside of me
ouve-se o peito como quem quer falar, e só.
Monday, February 19, 2007
bolhas de ar
Tudo é uma grande boca que me toma.
E no silêncio dessa noite, depois de me percorreres dos pés a cabeça, em total fuga calma e compassada, sais de mim, assim, atada a tranquilidade que cobre o que me toma sem saber, e que me deita nos pingos da chuva...
Sunday, February 18, 2007
mapa do meu nada
Você é beijo que eu te quero, beijou
Você é Vênus que eu te quero, soprou
Não sou desses homens, eu te quero, atenção
O dedo deduz, dedo é dez se é dois
Tocando essa cor desde os pés do teu chão
Buscando afinar um satélite à-toa
Não sou desses homens, eu te quero há um tempão
Doido desejo chupando dedo num beco cheio de bêbados trêbados Chutando os prédios, pregando prego no prego
Réu da razão, do suplico, cuspe fútil
Nessa estrada cariada
Só você é o meio-fio de luz
Contramão sinalizada
No mapa do meu nada
Canção emocionada
Trajeto por teus fios...'
Friday, February 16, 2007
nada de mais, nada atráves...
me completa e se esvazia (em si)
oscila entre seus estados,
sua presença.
completa mas não vaza,
e não vazam-se palavras
não há gravidade em sua enfermidade
oscila entre silêncio e grito.
mas venha...
é...
"então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és..."
Caio Fernando
Alguma coisa tinha que calhar, né. Foi ele...
Thursday, February 15, 2007
dont shine
se dependesse só do desempenho das palavras, talvez tudo já tivesse excedido.
mas não depende, então ainda há salvação. \o/
ok, internem-me.
foi só um desabafo.
Monday, February 12, 2007
how can i go home with nothing to say?
Um pedra que guarda um diamante e se perde à caminho da lapidação.
até que volte a caber em mim.
mas há um detalhe.
e esse detalhe, é que hoje não há nada que consiga dizer o que estou tentando dizer. nem uma música a qual eu me identifique, nem uma simples frase.
aí me pergunto: 'será algo tão projetado que não há nem algo concreto pra fazê-lo real na escrita, ou ele é simplesmente indescritível?'
então, caros amigos, informo-lhes que a partir de hoje, enquanto esse detalhe do comodismo não couber no que sinto, terei que dar-lhes mais de mim. ou seja, meu romantismo com as minhas palavras nas minhas horas certas.
Sunday, February 11, 2007
somos quem podemos ser..
desculpem a espontaneadade em exagero, mas sabe quando se escuta uma coisa que não se ouvia há muitos anos, e ela volta dando um soco no estômago, mas três vezes mais forte? então.
ai.
Saturday, February 10, 2007
carpe diem???
e ai eu páro e penso de novo: o que eu deveria fazer mesmo?
aí quando me lembro, me pergunto mais uma vez: pra que a pressa?
e quando vejo, já tenho resposta...porque corpo e mente têm pressa. têm pressa de viver...querer não é suficiente, né?
ai.
Friday, February 09, 2007
e por falar em pressa...
Admito que nos meus últimos dias falta paixão pela vida, e o aguardo e a pressa é pelo supreendente. Da surpresa do papel em branco. Ou já escrito, mas ainda assim, surpreendente.
avisa?
essa vida em que tudo se seduz, me seduz a correr, a querer e a cair um pouco a cada trote.
por vezes concordo em ser-me e dar pequenos trotes adiante. passam-se horas e discordo ao ver que trotei em círculos, ou até mesmo de marcha ré.
siga a seta.
Thursday, February 08, 2007
(re)começa-se...
ouvem-se é por que dizem-se
- e onde não há dizer,
em sua falta,
dançam seus corpos em torno da sinfonia
tácitos
e se perdem na melodia...
intactos.
já dizia clarice que não se deve, e sobretudo amedronta dizer o que se sente. por que além de não conseguir exprimir o que se sente, o que se sente se transforma lentamente no que se diz...estou com ela.
Wednesday, February 07, 2007
totalmente demais
Linda como um neném
Que sexo tem, que sexo tem?
Namora sempre com gay
Que nexo faz?
Tão sexy gay
Rock'n'roll
Pra ela é jazz
Já transou
Hi-life, society
Bancando o jogo alto
Totalmente demais
Esperta como ninguém
Só vai na boa
Só se dá bem!
Na lua cheia tá doida
Apaixonada, não sei por quem
Agitou um broto a mais
Nem pensou, curtiu
Já foi!
Foi só pra relaxar
Totalmente demais
Sabe sempre quem tem
Faz avião, só se dá bem!
Se pensa que tem problema
Não tem problema
Faz sexo bem!
Totalmente demais
Armando Brandão na voz de Caetano.
Monday, February 05, 2007
659*
Corra. Corra sem pressa de chegar à extremidade de si mesmo. Se perca entre as sombras à sua frente. E não vá parando. Deixe-se cair aos poucos, essa é a intenção. Deixe-se cair aos pedaços, essas são apenas sobras, pedaços a mais de si mesmo que o externo lhe rendeu. E o contato com ele foi. Era o que deveria ter ficado. Sinta, sinta seus pés batendo com força, numa marcha rápida contra o vento, contra si mesmo. E vá de encontro à sua extremidade, que não contém nada além da pureza de si mesmo. Sinta a si.
Sunday, February 04, 2007
785/
222.
Não tenho tido vontade de seguir esses caminhos. Não há nada em suas orlas que me indicie desfeche. Já não sei lidar com a minha extensão de ultimamente. E não tenho pernas longas para acompanhar-me. E por isso já estou voltando sem ao menos ter ido.
563.
joga-se quando se vê que vêem-te tomando.
e por aí vai.
o cômico dos fatos, atos, chegou à mim.
foi clamada, por ignorância maior, a ordem de ignorarmos nossos fatos pensados, tomados, largados. e assim deixamos de pensar, e jogamos, catamos.
afinal, você é, ou são por você?
012
os nomes que te levam embora
pra dentro de si
os que se atrevem a dizer
que não és feita
da poesia
que rege em teu peito
agora desfeito.
desespero
teus descompassos
de tantas curvas, tontos
os infindos pontos
que num bolero
te fogem das mãos
e o que proclamo
são teus pés pregados na cama
em sua final plena e honesta
solidão
poema velho. já estava nos achados e perdidos das minhas gavetas.
Friday, February 02, 2007
contradição nº 34
Mas a questão é que, hoje não consigo dormir pensando que não quero recomeçar nem apagar o que já comecei. Não só pelo bom senso de saber que isso não acontece na vida, mas pelo motivo de que o que me encanta agora não é um recomeço. E sim um começo bem mais puro.
Hoje em mim adormece a idéia de que tenho que rabiscar todos os papéis em branco pra que estejam aptos à começá-los, começar-me.
Hoje tenho calma mas tenho pressa. Sinto-me contraditória. Não sei responder se quero o começo por não poder recomeçar o que já comecei, ou se o quero por querer sua pureza do branco, empoeirado, passado e amassado.
Sempre almejei muito alto, sempre quis poetizar cada verso, romantizar cada estrago. Mas hoje quero o mais simples e humano do novo, e de tão humano seja novo só em mim. Para começarmo-nos. Com as rimas mais simples da poesia, com o romântico do qualquer coisa por ser e estar.
Hoje, peço o começo. Sem borrachas, para ser meu esboço sem quadro. Quero-o só, quero-o sem nó.
Logo eu que sempre gostei tanto de desamarrá-los...
046
Eu sei lá. A vida devia ter ctrl z.
085
Claro que não me alego uma pessoa casta de segundas intenções, mas alego que isso não é regra para todos que tenho interesse em conhecer - pelo acaso ou se tiver que inventar um acaso.
Mesmo que nos dias atuais nada seja preciso pra se ir pra cama, pra estar junto à uma pessoa, ainda prego a idéia do conhecimento entre ambas antes de qualquer segunda ou terceira intenção. E que mesmo se empenhando pra conhecê-las, isso não precisar significar uma intenção de ficar, namorar, casar, ou simplesmente ter um acaso.
Quero, de certa maneira, não só me defender, mas defender à todos que não tem essa ousadia de ter segundas intenções com qualquer um, defender os convites, as falas procurando intimidade, e os passos um pouco mais pra perto, do julgamento de um interesse além do que a situação favorece. E se a situação não favorece nada, defendo aqueles que se fazem favoráveis por si. E de certa maneira, mas sem brutalidade alguma, contrario com minhas fracas palavras aqueles que vêm e julgam apenas da maneira que vêm.
Tuesday, January 30, 2007
056.
poesiasemsom.
essa noite, invento de matar pontos em mim. tudo em mim excede.
Patrícia Antoniette.
Ela, eu deixo que fale por mim.
Monday, January 29, 2007
ouves teu peito? sou eu.
por hoje não reclamo do vazio, nem vanglorio o cheio, muito menos poetizo o incompleto.
escrevo por embalo de qualquer sensação boa, nenhum pouco corriqueira.
o que aliás, tem acontecido muito. 'sentir'. não um sentir banal, como sentir uma dor de dente, ou sentir tesão, raiva. um sentir que por vezes é até um tanto quanto indescritível. digo, ultimamente tenho sentido o alheio sem precisar ouvir, e creio que tenho passado um sentir sem precisar dizer. uma coisa que, se não chega a ser de olhares, é de sentir por sentir. sem as palavras. o mais puro e tão pouco notado sentimento. que esse sim deveria ser notado com muita facilidade, mas é encoberto por nossas limitações e por crer que, não sentimos, e sim almejamos senti-lo.
eu sinto. e não preciso dizê-lo. nem dissertar sobre. eu sinto, sinto que sentem, sinto que sinto, e sinto que, sentindo farei-os sentir.
por hoje me alegro. e escrevo, como uma excessão nessa página nada visitada depois que retirei os links dos meus pontos de referência.
Friday, January 26, 2007
push
Digo que, por falta de sentir falta, do sentir em si, acabo faltando comigo mesma em tudo que escrevo, e peço perdão a mim por deixar, se não linhas em branco, linhas preenchidas do menos que me encontro.
Não adequaria a situação à uma só palavra. E nem à uma estrofe inteira, mas sim à falta delas. Há um oco em mim por falta da falta, por ser obrigada a sentir o não sentir. E ter que conviver com a ausência de mim mesma como costumo conviver por tempo indeterminado.
Falta-me a sinfonia dos embates, sinto uma melodia histérica quando a peço, sinfônica.
E por não haver inspiração vinda do externo à inspirar-me quando contemplo, falta-me o ar que aspiro todo, o que a mantém para poder mantê-la em mim. Mas não há.
Falto-me por falta de me faltares. Falto-me e entristeço-me por não haver tristeza presente em mim. Por não afogar meu corpo em outras lágrimas. E por me obrigar a afastar a saudade que não tenho, a dor que não me dói. Não, nada de masoquismo. Falo dos efeitos colaterais causados por se ser por inteiro enquanto inspirado para a poesia, a melodia. Que no caso não é a que sai de minha boca ou meus dedos, mas sim a que não sai. A que entra em mim. E sustenta-se ao meu lado.
Perdão.
(Veja bem, se a interpretação de quem lê não for compativel a minha, o que é provável, esclareço que não estou em falta de mim por falta de tristeza, mas sim por falta do sentir que as mulheres me causam, rasgam, fecham)
qtrwtklg.
a outra, a parte mais intensa, creio que esteja descrita no post do dia anterior, me pergunta: porque não? e mesmo ouvindo a resposta baixinho, esquece. e intensamente segue, pra cambalear mas conseguir.
não gosto de ter que admitir que a palavra que se encaixa é essa. não gosto dela por ter que usá-la em demasia no meu vocabulário e nunca ser o mais aceitável. vou exclui-la.
Thursday, January 25, 2007
eu confesso.
confesso que preciso do que não é visível a olho nu. meu corpo precisa descançar em um cansaço sedento.
e depois rodar, e rodar, e rodar...
afkhh.
aliás, teve uma época da minha vida que tentei ser mais extensa do que me comportava. digo, queria ver em mim um infinito que era tão findo quanto pura projeção. hoje, querendo ou não, e circulando em volta disso tudo, acabo me extendendo mais do que quando tentei abrir caminhos que não poderiam ter sido abertos...e acabava tudo se tornando redundância, obviedade.
hoje pode ser até redundante, mas óbvio necas de piripitiba.
Saturday, January 20, 2007
where's my mind?
take me back to the start.
e uma coisa que não posso dizer é que vou dormir livre de pensamentos do tipo 'eu poderia ter feito...' porque realmente, vou. e poderia.
meu incentivo vem mais fraco do que qualquer outra coisa, aquela que me pára.
'bubble gumbo martini is nothing like deppauner red wine
travel through time; who were you after? you were mine' (meu vício por essa música transcende as minhas mil pastas de artistas pra ouvir)
ah, e sobre a visita inesperada de uma pessoa querida por aviso do meu sonho com cachorros, 'im not sure'. se for desconsiderada a palavra 'visita' e a complementação 'de uma pessoa querida', ela aconteceu. se não, eu ainda estou no aguardo. se não da visita, do próximo sinal.
Friday, January 19, 2007
quase uma égua.
E ela aparece sempre com quem não tem que levar patadas. Com quem tem que levar, não o faço.
Aliás, até meu senso de humor provém de uma grosseria um tanto fortificada, viu...
"Sonhar com: Cachorro
Sorte no jogo nos próximos dias. Visita inesperada de pessoa querida."
Bom, sorte no jogo é improvável, uma vez que não jogo nada. Paciência de vez em quando não se precisa de muita sorte, né?
Aí passo a pensar "Pô, uma visita inesperada de uma pessoa querida que meu corpo tanto quis me avisar...Aliás, sei lá, né. Vai que o site é balela e o significado é outro, ou que simplesmente não tem significado...E também agora não vai ser mais inesperado, eu já espero. Apesar de que o aviso não completou com 'nos próximos dias', como quando se referiu á sorte. Isso (pode) quer(er) dizer que a visita poderá acontecer em um tempo indeterminado. Mas aí com certeza vai acontecer, pô. Não vou passar o resto dos meus dias sem ter uma visita inesperada de uma pessoa querida.
Depois de algumas horas acordada, fui ler um texto do Gabriel Garcia Marquez, que se chamava 'alugo sonhos'. Sobre uma moça que tinha o 'dom', por assim dizer, de sonhar com pessoas próximas e acabar prevendo o que elas deviam ou não fazer pra que pudessem se livrar de certas situações prejudiciais, ou estar à par de situações que lhes fossem proveitosas. Ela se alugava para sonhar, morava com famílias e quando acordava comandava o itinerário d
as mesmas de acordo com o que havia sonhado. As famílias se livravam dos perigos sem conhecê-los, mas a alugavam e acreditavam. E assim foi indo...E quem perguntasse o que ela fazia, diriam: Nada, ela sonhava. Aí ela morre e blá blá blá..Mas não vem ao caso. Não hoje, a questão é:
Será que posso começar a me alugar para sonhar também? hahahahaha
Agora já sei até que possso vir à/vou receber uma visista inesperada. Eu e as outras duas pessoas que estavam comigo no sonho. Ou será que eram três pessoas alheias e eu não estava lá no meio? Esse é a falha..eu não lembro muito bem...mas haviam cachorros.
Ok, pode mandar internar.
Thursday, January 11, 2007
colo.
por teres em ti, meu formato já formado, meus traços já pincelados. a sinfonia do embate entre os corpos.
e sei que nele meu corpo se aconchegaria, se deleitaria sutilmente. e, delizando em teus braços, cairia, poente.
me coloco em ti. em cada esporo da tua pele, em cada dobra do teu corpo. me coloco em ti com flores de rosas, solidão em seu aborto.
Tuesday, January 09, 2007
Saturday, January 06, 2007
as horas
depois do sétimo cigarro da noite, do centésimo nono durante toda essa espera que ainda não teve pódio, nem tempo limite (não há limites). acabo dando cabeçadas contra o muro. na verdade, 'my wonderwall', mas ainda assim um muro. e quando se pensa que se subiu de escada e que se assistia de camarote, cai. e quando acorda pensando que conseguiu pulá-lo, repara que continua do mesmo lado, se debatendo 'in your wonderwall'.
foi a quinquagésima, a oitava, a sexagésima terceira, o sétimo, o centésimo nono. foram todas e foram e todas intermináveis. poucas repentinas e momentaneamente intensas que nem se reparava passar. foram as mentirosas e todas as outras. e nunca a última.
não tem contorno nesse muro. e não tem outro lado, o mesmo lado, não tem nem ao menos lado.
desculpas pelo post.
Thursday, January 04, 2007
Wednesday, January 03, 2007
seu bocejo e seu andar a revelava, seus passos incertos tremiam ao se deparar com os passos uniformes à sua frente. ao seu lado seguia a sombra de gestos e reflexos.
sei lá, foda-se. não acho meu livro. e outra, preciso de um retoque final. meu rascunho já tá pronto.