Thursday, May 24, 2007

fim da infinda tinta de pintar tristeza.

já passou muito tempo, muita vida, muita flor no chão riscado de giz e compasso...

e assim, delicadamente e arrancando pedaço, a paz brotou.de hoje em diante não tem ponteiro. não é mais conhecido o contar de tempo - por que é o tempo todo durante todo o tempo. toda a hora é hora. minuto é mais e menos, assim, tic tac, onomatopéia acalmada e antítese simplificada quando minhas pinceladas tocam a tela curva que me falta, mas volta - logo - ao centro da cama. no centro do jardim regado a suor. cheiro. nossos. como tudo que gira em (nossa) volta, agora - nossos. giro em deleite e devoro. devoro a paz-presença-corpo-toque-fala-cala-falta.

devoro-te

Monday, May 14, 2007

Barco embriado ao mar.

Eu me atiro. Atiro-me,
Flecha, projétil lançado ao mar
Lançando-me à ventos sulistas
Correntezas marítmas
Correm-me.

Eu me nado. Inundo-me
Cortam-me terras e verdes
Amarelam-me os sóis
Terra, azul, vento e mar
A sós

Apoio-me em barragens insólidas
Vento-me. Invento-me
Vendavam-me vendavais
Não escuto
Salidifico-me.

E se me finco, desfinco
Desficam-me
E ficam-me
Lágrimas em repouso
E nada segue
Nado cega

Ventos do norte

Arrastam-me, arrasto-me
Quanto tempo demoro
A voltar ao mar?
Vento, terras poucas?
Não me deixo deixar...

Wednesday, May 09, 2007

nômade

assim não dá, né? nem atualizar atualizo mais..
tanta coisa já passou pela minha cabeça e corpo esses dias que nem vale a pena começar. nem terminar. enfim...
essa minha vontade de viver e essa falta de vontade de escrever é que tá fazendo isso comigo. e é sempre quando decido resistir a ansiedade que vem bater porta aqui. e ela entra, viu? entra, faz barulho, baderna, grita esperneia bagunça, aí eu mando ela embora e decido sair eu. deixar essa bagunça de lado. não é uma coisa bem como varrer-pra-deibaixo-do-tapete, é algo como trocar de piso junto com a sujeira. aliás, não pisar. é bom, até que volte. é um ciclo, sempre volta, as vezes pelo mesmo motivo, mas só por que ela precisa de um motivo pra entrar. e eu gosto, gosto dessa bagunça que se cria de vez em quando. eu não limpo mesmo..só deixo...e deixo...acho que tô virando nômade sem saber. e oh: até que é bom!