Monday, May 14, 2007

Barco embriado ao mar.

Eu me atiro. Atiro-me,
Flecha, projétil lançado ao mar
Lançando-me à ventos sulistas
Correntezas marítmas
Correm-me.

Eu me nado. Inundo-me
Cortam-me terras e verdes
Amarelam-me os sóis
Terra, azul, vento e mar
A sós

Apoio-me em barragens insólidas
Vento-me. Invento-me
Vendavam-me vendavais
Não escuto
Salidifico-me.

E se me finco, desfinco
Desficam-me
E ficam-me
Lágrimas em repouso
E nada segue
Nado cega

Ventos do norte

Arrastam-me, arrasto-me
Quanto tempo demoro
A voltar ao mar?
Vento, terras poucas?
Não me deixo deixar...

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