Wednesday, July 29, 2009
Tuesday, July 28, 2009
Saturday, July 25, 2009
o limite das palavras
Não posso limitar as palavras só a mim e ao que digo:
Todas elas acabam por ultrapassar essa condição de me pertencerem... deixam de ser escrita para se tornarem som, assim como deixam de ser minhas para se tornarem suas; ou ainda, deixam de ser o que sinto para se tornarem o que digo...
As palavras dançam a minha volta e vêm contornar outros desejos.
Elas me lançam, me mordem, me rodam e me destroem, se deitam e se coçam... - mas o que digo me ultrapassa e de repente não sou mais eu.
O que alcanço é então o que as palavras alcançam...e quando soltas de mim, são de quem as podem sentir
Todas elas acabam por ultrapassar essa condição de me pertencerem... deixam de ser escrita para se tornarem som, assim como deixam de ser minhas para se tornarem suas; ou ainda, deixam de ser o que sinto para se tornarem o que digo...
As palavras dançam a minha volta e vêm contornar outros desejos.
Elas me lançam, me mordem, me rodam e me destroem, se deitam e se coçam... - mas o que digo me ultrapassa e de repente não sou mais eu.
O que alcanço é então o que as palavras alcançam...e quando soltas de mim, são de quem as podem sentir
Friday, July 24, 2009
nem um nem outro
nem me descobre nem se atira, nem sussurra nem suspira
nem me falta nem se arrisca, nem me chama nem me pisca
nem vê luz nem dá nó, nem é hoje nem vem só
nem se treme nem completa, nem limita nem me alerta
nem vem bem nem vem distante, nem sucinta nem amante
nem triste nem poeta, nem intensa nem inquieta
nem vem toda nem por parte, nem me chega nem reparte
nem ao peito nem ao vento, nem na cama nem se lento
por favor por amor
nem me falta nem se arrisca, nem me chama nem me pisca
nem vê luz nem dá nó, nem é hoje nem vem só
nem se treme nem completa, nem limita nem me alerta
nem vem bem nem vem distante, nem sucinta nem amante
nem triste nem poeta, nem intensa nem inquieta
nem vem toda nem por parte, nem me chega nem reparte
nem ao peito nem ao vento, nem na cama nem se lento
por favor por amor
Thursday, July 23, 2009
tecido de lágrimas
expulsem de mim essa carnívora tranquilidade
que me arranca o movimento
e contém meu grito
essa suavidade sem amor
paralisada, sem desejo
que anda sem pernas e assovia sem tom
expulsem o que chove e não deixa queimar
para que se teça em mim o que chora
alaga
que me arranca o movimento
e contém meu grito
essa suavidade sem amor
paralisada, sem desejo
que anda sem pernas e assovia sem tom
expulsem o que chove e não deixa queimar
para que se teça em mim o que chora
alaga
silencio
sê feliz enquanto tolo
porque no acordar do peito, quando a noite cai
a solidão não mata,
mas anda...
anda na corrente dos fios
na suavidade dos que não falam
anda nos candieiros, acesos de luz e só
na alegoria dos que ventam pó
sê tolo e comemora a andança
que a felicidade, fugáz, adormece nos pés sem sono
daqueles que de tanto sonhar
tem nas veias mais nuvens do que sangue...
sê. e canta o que não conheces
para teus sons surpreender
...que ouvir quem sabe, dá sossego à rima mas arrebata o corpo
na solidão que arde
porque no acordar do peito, quando a noite cai
a solidão não mata,
mas anda...
anda na corrente dos fios
na suavidade dos que não falam
anda nos candieiros, acesos de luz e só
na alegoria dos que ventam pó
sê tolo e comemora a andança
que a felicidade, fugáz, adormece nos pés sem sono
daqueles que de tanto sonhar
tem nas veias mais nuvens do que sangue...
sê. e canta o que não conheces
para teus sons surpreender
...que ouvir quem sabe, dá sossego à rima mas arrebata o corpo
na solidão que arde
Friday, July 17, 2009
Sunday, July 05, 2009
me aventurando em língua estrangeira
É como se minha linguagem ja estivesse disposta pelo mundo,
nos cantos das paredes, nas teias de aranha, no verde da grama, nas rodas dos carros: todo e qualquer som da cidade, todas as melancólicas euforias do mundo antecipam o que ensaio dizer...
Mas ainda não me calo - há tempo para isso...
nos cantos das paredes, nas teias de aranha, no verde da grama, nas rodas dos carros: todo e qualquer som da cidade, todas as melancólicas euforias do mundo antecipam o que ensaio dizer...
Mas ainda não me calo - há tempo para isso...
Saturday, July 04, 2009
who
na volta para casa, depois de conhecer 3 dinamarquesas que me ensinaram sua língua, percebi...
não posso dizer quem sou, porque sou todos a minha volta
não posso dizer quem sou, porque sou todos a minha volta
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