Wednesday, March 28, 2007

há em mim uma pequena luz , um ínfimo fogo a beira de crescer ou perder-se em brisas. prefiro mantê-lo aceso. qualquer dia ele incendiará uma floresta toda. questão de tempo e de bons momentos...

Monday, March 26, 2007

cecília

Cecília
Quantos artistas entoam baladas
Pra suas amadas com grandes orquestras
Como os invejo
Como os admiro
Eu que te vejo e nem quase respiro

Quantos poetas românticos prosam
Exaltam suas musas com todas as letras
Eu te murmuro
Eu te suspiro
Eu que soletro teu nome no escuro

Me escuta, Cecília
Mas eu te chamava em silêncio
Na tua presença
Palavras são brutas

Pode ser, que entre abertos, meus lábios, de leve
Tremecem por ti
Mas nem as sutis melodias
Merecem, Cecília
Teu nome espalhar por aí

Como tantos poetas
Tantos cantores
Tantas Cecílias com mil refletores

Eu que não digo
Mas ardo de desejo
Te olho
Te guardo
Te sigo
Te vejo dormir...



quem diz que não é a música mais linda desse meu brasil? deus do céu...

Tuesday, March 20, 2007


"Talvez o mal é que a gente pede amor o tempo todo. Não se preocupa nunca em dar amor, sem esperar reciprocidade (...) a gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pra pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega (...) A gente sempre procura um amor que dure o máximo possível. Procura , procura, procura, talvez tu aches.

Pra mim é horrivel eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre 2 encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, ás vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa, uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não aguenta o fato de estar sozinho. Eu me sinto super feliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu. "

Caio F - out/70

japonês em braile

meu consciente me detesta.

eu gosto mesmo é do meu incosciente.
assim, de vez em quando falta compatibilidade entre nós
mas é com ele que fico

completa minha cama, sabe

Monday, March 19, 2007

nessa espera o mundo gira em linhas tortas

arriscaR que nada, eu tô aqui imóvel, parada, estática presa a um círculo de turbilhões dentro de mim
as palavras tão dispersas, perdidas
e eu espero em pé pelo acerto das linhas (contidas)
meus movimentos pararam, meu pião não anda pra trás
aí termina
enlaço minha lógica
sem rima.

de lado sentindo
de frente..?

anh?
''para te escrever eu me perfumo toda''

repetindo e repetindo

qual é a medida exata quando não se sabe o favorecimento de vazar...ou secar...?

eu ando quieta, calma, tentando preencher uma lacuna que desde sempre é lacuna, ando com os olhos pouco atentos pro mundo, presto atenção nas palavras, não nos lábios que as emitem, ou na voz de entonação rígida ou desleixada que deveria ser notada...
tenho mil perguntas dispersas em centenas de cadernos perdidos no quarto, e se eu fosse fazê-las...elas seriam respondidas pela minha incerteza.
muita coisa já foi posta pra fora, e outras parecem ter estagnado uma sombra de uma luz que...não deveria ter sombra, e na verdade, não a tem.
meu contexto não me encanta, os detalhes pequenos, pequenos detalhes, detalhadamente detalhados são meu passa-tempo, o ruído numa melodia que não existiria se não tivesse ruído. e quando acaba, quando o disco muda, é perceptível que eram tão baixos, calmos os ruídos, que não afetvam a música, não se quase ouviam...
preciso de muitas respostas, preciso achar muita coisa, e preciso, acima de tudo...repetir o disco, emudecer os ruídos..

Sunday, March 18, 2007

guarde um sonho bom pra mim

engraçado como acordei de bom humor. e caçando um motivo pra esse acordar, eu não o encontraria.
tive um sonho em que nem tudo foi bom, mas que tudo que houve nele era, - até conscientemente - o que eu almejei nos últimos dias. acordei com a sensação de que tivesse alcançado o que os meus braços não são capazes de alcançar aqui, nesse meu viver consciente...talvez outros me alcancem. e não, não houveram braços, abraços...houveram palavras, que é o que tem me movido nos últimos dias, palavras de parar qualquer ímpeto antes de ouvi-las.

e gente,
www.myspace.com/brunacaramm

lindo, lindo...

qualquer coisa que se diga...

as vezes não sai, né? a gente tenta, tenta, tenta, e por mais que queira, não sai.
e tem vezes que não tem nada dentro. a gente tenta, vasculha, sacode, vira de ponta cabeça, e quando acha alguma coisa...fica lindo. mas aí se percebe que não tava dentro. e quem fica de ponta cabeça é a gente..

Friday, March 16, 2007

de manhã é tudo mais bonito

banho de chuva no tanque manhã de sol sem sal paisagem torta olhos céticos azul de mar verde de mato cheiro de vento formiga e fermento cheiro de gente peixe grande em mar maior ainda gente em subindo com o mundo caindo
gente em pé descendo com o sol subindo

Thursday, March 15, 2007

não quero muito nem quero pouco, não quero o amargo nem quero o muito doce...quero assim, a dose certa. medida perfeita sem marcação de medida.
mas qual é ela, né?

Wednesday, March 14, 2007

até o fim raiar.

eu sigo, né.
em frente, adiante, assim, com os passos largos...tenho medo do hoje. e cria-se uma antítese em relação ao futuro...a ansiedade...e mais medo...

mapa do meu nada II

Nada, tudo, do nada tudo, tudo do nada, nada do tudo, do tudo o nada, o quase tudo, o nada, perto de tudo, quase nada. Perto de tudo, longe de nada, longe de tudo, perto do nada caminho pro nada, recortes de tudo, cheia de nada vazio de tudo. Fome de tudo, completa do nada, quase cheia de tudo, síntese do nada. Sinto o tudo. Formada de tudo, incluindo o nada. Divisão sem marcação. Venho do outro tudo ao encontro de quem vem do nada.

Tuesday, March 13, 2007

vazio lotado de infinito

sabe-se lá a origem, mas tornou-se completo pelos recortes de outros, palavras de outras. e esvaziou-se de si.
cadê?

horóscopo...

Todos os sentimentos que são engolidos à seco, porque teoricamente não seria adequado manifestá-los, acabam se transformando em ressentimentos que, depois, sua alma nem terá como lembrar os acontecimentos onde verdadeiramente se originaram.

Monday, March 12, 2007

definições

diferenciar, com dificuldade, mas diferenciar, o que o corpo manda e o que a mente busca.
já perceberam que é tamanha diferença e não se sabe distingui-los em algumas situações? essa coisa de sentir é que estraga.

ué, pra quê?

a gente muda, se faz e desfaz quando acorda ou vai dormir e vê que o combustível pra continuar não é o que o que por ora se encaixava na lacuna dele...
e enquanto o resto pinga, a gente quer mais é mudar o que não tá ao nosso alcance, né não? míssil lançado não volta atrás.
mas eu quero é que pelo o menos exploda algo.


ou não

Thursday, March 08, 2007

ímpeto.

paciência

hoje vi e ouvi muitas vezes essa palavra...

Tuesday, March 06, 2007

acostamento.

(...)

Luz do dia no amanhecer da noite
Pôr da tarde enquanto anoitece o dia

Minha essência é da flor que sou, que cuidas. É a unção dos perfumes iguais que exalei em outros corpos, outras mãos que me cuidaram, passaram e não ficaram por serem apenas tuas mãos que me cabem, teus passos que estagnam, teus braços que me movem...

Monday, March 05, 2007

love love love

i see love everywhere.

engraçado como soa bem melhor do que
'eu vejo amor em todo o lugar' , né não?

é isso...eu vejo.

tudo errado.

muito grande aqui, pequeno demais ali...
e cada vez vejo mais cimentada uma parede em mim. cimento e lágrimas, já dizia chico, né não? e o que há em mim de bonito e amplo não é sincero. a sinceridade foi cimentada, ergueu-se em tamanha amplidão que deveria ser voltada para outra coisa...
muito frio aqui...impressão de calor ali.
e assim sigo. fazer o que?

Friday, March 02, 2007

fazem.

nada se deve fazer na esperança da esperada reação (alheia),
deve-se fazer levando em conta apenas a repercurssão que refletirá na própria alma.

tá entendido?
tá dito então.

Thursday, March 01, 2007

não adianta

eu não sinto.
eu empurro, puxo, dou um jeito de fazer a hora quase-certa ser a completamente certa. e mesmo enganando a mim e a quem vê, ela continua sendo quase-certa.
eu faço alguns movimentos que aparentam sutilidade e descrição, mudo-os, moldo-os, mas digo-vos: não há moldagem ou molde feita/o à mãos pro abstrato. e não há mudança feita por nós que desfaça o que foi feito graças a o que é. tão me entendendo? mesmo enganando os olhos e a mente empurrando, puxando, moldando, mudando, eu não sinto. sabe por que? por que não há empurrão, puxada, molde ou mudança que mude o não. não agora...ele cairá ou estagnará por si. moldado pelo tempo, pelo vento, mudado por si.
falta dói, né não?
dói muito.

blog.

pergunta-se, pra quê um blog?
pra quem passa muito tempo sentado em frente à um computador, escrever suas passagens no mesmo é mais cômodo, menos trabalhoso do que sair do mesmo e pôr-se a escrever numa folha de papel...
mas já nele, escolhe-se a estética e se ele se tornará ou não público. então, de alguma forma, isso tudo, a estética, o contexto, os textos, os pequenos detalhes que tanto importam, são para serem vistos. e é uma questão de 'quem lê' que nos faz privar ou desprivar o resto de ler.
alguns textos deixam o escritor tão orgulhoso de si, por saber usar as palavras certas com a entonação certa que a vontade de expor isso até floresce. mas ao mesmo tempo, desabafos mais simples e mais pobres de boas palavras e colocações deixam que a idéia de exposição lhe incomode.
mas perá lá, esses desabafos mais simples e pobres de boas palavras, colocações e idéias não são pobres em si. há só um entendimento maior de si para consigo e até para com os outros sem grandes enfeites. mas há medo, medo de se expor assim, sem nem ao menos alguma subjetividade para quem lê.
medo de mostrar a si, medo de ser-se em belas palavras mas ao mesmo tempo em palavras simples, em textos diretos, em revoltas voltadas à um sentimento que não devia ser exposto. e por que não? por que há medo.