Friday, June 30, 2006
Thursday, June 29, 2006
por não saber manejar a realidade a minha volta, por nao ter dominio exato sobre aminha realidade, por fingir uma realidade nada exata. por torná-la não exata diante da mais pura exatidão que foi conquistada com travas e trancos. peço desculpas por procurar por mim a cada dia, e colher fragmentos alheios, desnorteando. desnorteando o que estava certo. o que era exato. aliás, nada é exato. minha realidade gira em torno dos fragmentos meus e dos outros e nada me deixar ser exata, sentir a exatidão. sou baseada na incerteza, vivo no quando, sinto o que sou. ou sou o que sinto. ou simplesmente não sei. vêm em mim sensações que me fazem pedir perdão a mim mesma por deixar a minha realidade girar. por não me fazer estática. por deixar a direção no poder do vento. por fingir uma realidade nao exata. torná-la não exata. chorar por nao me perdoar. e tornar a me pedir perdão por tudo. por falar, por sentir, por procurar o entendimento alheio. por procurar a mim e me perder nos cacos que venho encontrando. esmurrando meu silêncio.
peço desculpas por mim. peço desculpas a mim. peço desculpas por não me silenciar no momento mais realista do silencio. por fingir. por mentir a mim mesma. e por continuar buscando fragmentos em cacos de vidros.
não sinto. busco. e peço desculpas a mim por isso. por me perder na busca. e me tornar tão repetitiva de acordo com a vontade que sinto de escrever em linhas horizontais tudo que sinto saindo dentro de mim. ou o que na verdade esta encoberto, e não deve sair. peço desculpas por querer escrever tudo que sinto saindo dentro de mim ou o que na verdade está encoberto e não deve sair, sendo que é inexistente o que procuro descrever. é indescritivel por que desnorteio. é silêncio. é puro, não há explicações nem plausíveis nem explicações por si. INDISCRITÍVEL. sensação nem um pouco extremista. apenas peço desculpas a mim mesma, e não me desculpo.
em outro ponto que me desnorteia. o que é isso? paro pra olhar as nuvens de fundo, o brilho inexistente que me toca. o que é isso? quero descrever o que eu sinto. quero descrever meu rosto olhando. quero quero tanta coisa.....quero entender. me entender. entender o que me roda. tá longe. ai. lembro do que não foi. ai. minhas palavras não são capazes de nada. nem de dominar a terça parte do que me toma. tá vazio. não tenho nenhum controle sobre esse contexto que me enreda, me envolve e envolta. me desmorona e edifica. me perdi.
me deparei com o nada mais ensurdecedor. que me cegou em tudo. que me explodiu no mundo e despedaçou em fragmentos de fragmentos o que sou, o que sinto. e hoje não sei mais se sou o que sinto, ou se sinto o que sou.
ou se simplesmente não sou. nem sinto.
aliás. sinto. e sou. mas o que sou e o que sinto foram levadas pelo vento. me varreram.
colho o que planto. de tanto falar, meu sentir fica subentendido e não é enfatizado em qualquer laço criado. me escondo nas palavras mais duras em relação aos outros. nas piadas mais infames, nas risadas para comigo. mas em mim, nada é focado. o que sinto é focado por mim, e é dificilmente traduzido pro entendimento alheio. não sei lidar com diversos manejos de tradução e transparencia para poder, alguem, me compreender. por isso o silêncio me domina por tantas vezes.............................................................
Wednesday, June 28, 2006
ounnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn :D
'...hunger hurts, and i want him so bad; oh its kills...'
pessoas. sempre pessoas. me causando o silencio - do mais frio ao mais ousado, me causando falas que me desnorteam ao pular de minha boca. pensamentos estagnados por horas envolvendo turbilhões..
pessoas. sempre pessoas. das desconhecidas, as que falam, as que silenciam, as confusas, as subjetivas, as diretas, as faceis, as dificeis, as fechadas, as extrovertidas...pessoas, sempre pessoas. me apaixono cada dia pelos diferentes truques, que aguçam meus domínios de poder, meus limites, minhas buscas.
pessoas, sempre pessoas. que retratam seus contentamentos ou desgostos, que retratam sua alma, ou apenas seu rosto.
me alegram, e me pesam na consciência nao ter total poder sobre o entendimento e compreensão geral. me basto por admirar, sorrir, ouvir, e sorrir de novo por viver numa realidade que me proporciona o mais contente dos fatos: a busca pro entendimento de pessoas e para seus sentimentos amplos e sem razões exatas. e a busca pelo que sou, pelo que chamo, que grita em mim.
me basto em caminhar, buscar, ouvir, e analisar. e poder me alegrar em ver pessoas, entendê-las, sejam como e quais forem. me apaixono por elas. e a cada dia se acentua minha paixão quase platônica por mentes e corpos mais do que incógnitos e intrigantes em qualquer prisma.
o texto tá torto, sem ordem, mal feito, desfeito, apagado...mas tenta expressar o que sinto pelos que me rodeiam e até os que não rodeiam.talvez nem eu saiba expressar o que sinto por, mas foi uma tentativa quase certeira de descrever e dizer, redizer, manter enfatizado que pessoas, sempre pessoas são responsaveis por tudo que me contorna, e o que me completa.
ouuuuuuuuuuunnnnnnnnnn :D
incompleto.
o que lhe diz o incompleto?
o parcialmente conhecido?
projeção mental, ilusão, se apresenta sempre tão certeiro em cada relance de atenção, cada perda de respiração.
palavras fogem da boca, desconhecidas como o que lhe é apresentado, como o que lhe apresenta a dúvida quente e fincada em alma.
A sensibilidade aguçada em toques (tão) supérfluos, a verdade em truques de mágica, parecendo mentira, e a mentira, também com seus truques inversos, mostrando a verdade que não existe.
e a busca, a busca, a busca......insaciável, persiste.
presa por correntes, acorrentada no chão, sem fugir, sem saber.
buscando, buscando, buscando...
até o filme acabar. e saber que o final escrito já havia sido escrito. e que suas correntes, acorrentada no chão, eram fitas de papel acorrentando na areia.
a inspiração era pra ontem.
"O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão."
Monday, June 26, 2006
Sunday, June 25, 2006
queria rasgar minha subjetividade. mas é tão cedo...o despertador ainda não tocou, o dia não amanheceu, mas minhas pretensões de fazer o dia amanhecer continuam jogadas pelo chão do quarto...
e são tantos, tão óbvios..e eu (sóbria), fazendo sala pro tempo.
queria rasgar meus pensamentos, lê-los, fazer-te lê-los. mas são modestos, mesmo que francos, incertos....e ao mesmo tempo os mais pretensiosos possíveis na ambição de uma única vontade.
queria ser clara, fazer explodir certezas e luzes. mas são tantos ao meu redor..e tão óbvios. o que sou dentre tantos? o despertador ainda não tocou.
Friday, June 23, 2006
Every time I think of you
I fell a shot right through into a bolt of blue
It's no problem of mine but it's a problem I find
Living a life that I can't leave behind
There's no sense in telling me
The wisdom of a fool won't set you free
But that's the way that it goes
And it's what nobody knows
And every day my confusion grows
Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that I can't say
I feel fine and I feel good
I'm feeling like I never should
Whenever I get this way, I just don't know what to say
Why can't we be ourselves like we were yesterday
I'm not sure what this could mean
I don't think you're what you seem
I do admit to myself
That if I hurt someone else
Then I'll never see just what we're meant to be
Every time I see you falling
I get down on my knees and pray
I'm waiting for that final moment
You'll say the words that I can't say
tudo lindo. ainda mais na voz da nouvelle vague. ;)
Wednesday, June 21, 2006
Amanheço neutra e sem explicações plausíveis para o meu hoje.
Minha atenção é presa por movimentos óbvios, já que me despreendo do que desliza em mim.
Despreendido por ser inexpressível, se mantêm em corpo e mente, mesmo que inaparente.
Nada lhe descreve. Meu hoje transcende descrições, formas, explicações. É simples, não é necessário letras e letras, descrições finitamente amplas para seu entendimento. O meu hoje - como tudo que me satisfaz - mesmo que simples, neutro e diminuto na visão alheia, dilata o que nomeio eu. Não precisa de leitura ou ilustração, se entende por existir, e residir.
Tuesday, June 20, 2006
Saturday, June 17, 2006
é daqueles berros que você nao aguenta ouvir...dói o ouvido, dói a alma, mas você gosta. é até irônico pensar dessa forma, mas em termos, faz bem. faz bem pra alma.
uma das sensações que não rotulo como boa ou ruim, ela é. e ela reside; na ansiedade, na espera, sempre presente me ensurdencendo, berrando por algo óbvio que procura por mim, me chama. hoje me pergunto - pelo que espero? pelo que procuro? o que sei? o que me chama? o que me acalma? no mesmo tempo em que me enlouquece.
não sei o que berra por mim. incapacitada de destinguir o grave da voz, ouço, apenas.
será que sou eu que estou berrando por algo?
e aí tudo acaba se resumindo numa busca interminável, cansativa, mas sempre a busca. e me diz, onde chegamos? chegamos a felicidade, ao extase. não é o bastante? - você me pergunta.
sim. é o suficiente, mas em pouco tempo (ou muito, sendo ele relativo), nos damos conta de que nossa idéia de chegar ao extase; à felicidade, era tão forte, tão intensa, que acabamos sendo traiçoeiros conosco. um com o outro, cada um consigo mesmo. e tudo desmorona. a água bate (!)e nosso castelo de areia se divide em mais milhões de grãos de areia, levados pelo mar. e cada vez mais nos acomodamos - ou aprendemos a lidar com - a solidão. ela acaba se tornando necessária no crescer de todos nós. sendo uma busca insaciavel, estariamos nós, condenados a solidão consequente?
todavia, é pra isso que vivemos, somos compostos de fragmentos, tanto de felicidade quanto de tantos outros sentimentos e ideais...e quando chegamos ao completo? somos completos. nos completamos na busca (sendo ela parcialmente saciada por diversas vezes no percorrer do nosso caminho); juntando fragmentos e cacos de cada virgula na nossa vida. até chegarmos ao ponto final. ou seria um outro ponto de interrogação?
trilha sonora (dido)
!
Do you remember the 21st night of September?
Love was changing the minds of pretenders
While chasing the clouds away
Our hearts were ringing
In the key that our souls were singing.
As we danced in the night,
Remember how the stars stole the night away
Ba de ya - say do you remember
Ba de ya - dancing in September
Ba de ya - never was a cloudy day
My thoughts are with you
Holding hands with your heart to see you
Only blue talk and love,
Remember how we knew love was here to stay
Now December found the love that we shared in September.
Only blue talk and love,
Remember the true love we share today
Ba de ya - say do you remember
Ba de ya - dancing in September
Ba de ya - never was a cloudy day
Ba de ya - say do you remember
Ba de ya - dancing in September
Ba de ya - golden dreams were shiny days
Thursday, June 15, 2006
Wednesday, June 14, 2006
ainda agora
a brisa adentra minha janela continuamente, e com mais eminência, adentra em mim o aperto de abraçar a mim mesma e aquecer meu externo; torná-lo veemente como sou de dentro pra fora. mesmo nevando a minha frente. não me agasalho.
entre tantas coisas aprazíveis, acabei favorecendo meu lado neutro, e escondendo de mim mesma a sensação que tenho no meu inconsciente de prazer e bem estar.
mas minha auto crítica não me deixou esconder qualquer coisa de mim mesma, ou até de outrém. aos poucos vou voltando a transparecer meu lado de prazer...
ah. como sou egoísta! queria deixar de lado minha vida, por um tempo, e poder ouvir cada sonoridade quase calada a minha volta. é o que queria fazer. ouvir. ouvir. ouvir. muda, quieta. mas sei que como ferramenta para afastar certas frustações, acabo falando, com medo do que vá ouvir. medo. medo e medo. tenho dúvidas da minha intrepidez pra poder deixar isso acontecer, mesmo que de forma inconsequente. e aí me torno neutra. mas falando.
enquanto isso, sonho de um lado. o pesadelo vem do outro.
qual a explicação plausível pra isso?
nenhuma. não há explicação pra mim. sou. sinto.
Tuesday, June 13, 2006
como quem ouve uma sinfonia.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil
e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não? na noite escassa
com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
nós gritamos: sim! ao eterno.''
Carlos Drummond de Andrade
é uma pena que não haja capacidade e concisão suficiente pra descrever.
uma pena........................................
mas afinal, isso não significa relevância alguma; mesmo que minhas palavras - que a muito não se calavam - tenham voltado a ser quietas, subjetivas, e especialmente, silenciadas por algo que ainda não sei.
ah! ... tudo vale a pena se a alma não é pequena né?
Monday, June 12, 2006
ritmica.
de qualquer forma, tudo se tornou vago, e minha atenção é facilmente desprendida com qualquer troca de movimentos que aconteça a minha frente ou ao meu lado - até mesmo distante.
e quando escrevo sobre qualquer coisa, o que berrava para ser passado pro papel, não existe mais.
nem rimas consigo mais fazer...o ritmo da minha escrita anda parcial com tudo a minha volta, parcial a mim - ritmo quieto, ritmo sem musicalidade, sem sonoridade semelhante a nada.
poderia até pensar que precisaria, eu, de algo inovador. mas logo me vem a cabeça - é só uma invenção pra saciar minhas vontades, falhas, ansiedades. - a solução. é uma pena que não seja...
decepcionante pensar da forma em que nem o vazio, nem o completo me saciariam. e que minha escrita fica dependente disso. deixando-a vazia, mesmo que completa.
the postal service. minha calma enlevada.
''I tried my best to leave this all on your machine, but the persistent beat...it sounded thin upon listening that frankly will not fly, you will hear the shrillest highs and lowest lows, with the window's down when this is guiding you home''
Sunday, June 11, 2006
ando sem base pra começar um texto, sem rima pra fazer de qualquer coisa, poesia.
neutra.
abstrusa; com movimentos e falas incompreensíveis, e minha ausência em mim mesma vai se tornando incoerente e desordenada.
......................................................................................................
se pudesse descrever ''algo'', não descreveria, mesmo com capacidade e vontade para fazê-lo. daria uma de louca, e com toda a subjetividade, ''o'' compararia com meu perfume.
hahahah :))))))
Saturday, June 10, 2006
um pouco de mim.
Friday, June 09, 2006
exigências
além disso, exigir um pouco (muito) mais de mim é o que anda funcionando pra entender cada momento instável silenciado a minha volta. e em mim.
exigir não só de mim. mas o melhor - o mais real - de tudo a minha volta.
achar respostas no colorido dos olhos.
Wednesday, June 07, 2006
ando servindo a mim, e a outros, os piores gostos, os melhores perfumes...
asco e prazer - extremos em geral, eu diria -, em um prato só. eu.
mas isso não significa exatamente ou esteticamente, psicologicamente, imaginavelmente (talvez imaginavelmente venha a calhar) nada. - continuo a mesma. mas mudei. você entende?
doesn't matter.
me alimento aos poucos dos extremos que me transbordam.
alegra-me dizer que ninguém se alimenta deles também. vai saber quais são os efeitos colaterais.................................à mim, tais efeitos são rigorosamente mantidos no meu humor matinal (e no resto do dia também) mas os outros são os outros.........................................................
Sunday, June 04, 2006
Saturday, June 03, 2006
hoje acordei em branco, e não senti falta de cores.
e a espera continua...................
engraçado.
é dificil (quase impossível) me ver em silêncio..ainda mais quando acompanhada.
quais pessoas conseguem me decifrar (ainda mais calada)?? .......que lêem. me lêem(!)??...............é no silêncio que decifro a mim mesma, que sinto. me sinto.
minha fala é meu esconderijo de mim mesma.
silêncio.
(eu questiono........................não. não questiono. permaneço em silêncio.)
Thursday, June 01, 2006
E de noite em sua cama
Dorme sozinho
Sofre pelo que não chama
De manhã, em sua cama
O seu carinho.
Sofre pelo que procura
Apenas uma aventura
Por esta vida
E tem de cada criatura
O viço que pouco dura
Na flor colhida.
Sofre por quem não espera
E vê em cada primavera
O doce instante
E que não planta um pé de hera
Com que chegar à primavera
Desabrochante.
[Crê apenas no amor
E em mais nada
Cala, escuta o silêncio
Que nos fala
Mais intimamente; ouve
Sossegada
O amor que despetala
O silêncio...
Deixa as palavras à poesia.]
vazio.
quem sabe ache alguma razão ao escrever tantas palavras...algum sentido em mim.
trago. trago. trago. e nada me faz sentir útil além de conseguir colocar o saquinho de lixo no lugar certo. perco meu tempo, e me pauso pra dar continuidade as músicas que me satisfazem no som.a fumaça se apodera do meu chá de limão. e nada se apodera do meu vazio, nada é escrito ou estampado na minha testa...nada me contorna. nada me pinta...fugir.
e nem poesia eu posso fazer, rimas não combinam com a dor que sinto de uma saudade que não faz falta. uma saudade que dói de olhar.
vontade de voltar atrás. ou recomeçar um pouco mais a frente.
o que será que mudou tanto assim? que diferença faz essas palavras se entrelaçando? meus pensamentos estão desfeitos. e dói. sem machucar...please, come back.
tirar fotos da minha frente. andar. andar. andar e andar. procurando algum sentido em todo o meu preto e branco, em toda a minha falta de cor...procurando um sentido em toda a minha dor. em todo o meu vazio, em todos os meus cacos, e nenhuma extensão.
não saber se vou ou não, se sinto ou não, se quero ou não, se isso ou aquilo - enfim.
e a insistência a mim mesma de uma escolha, sufoca mais, e não chego a conclusão nenhuma...
por favor uma explosão de razão, clarão e vontades estoure por aqui.
(...)