Wednesday, June 21, 2006

Amanheço neutra e sem explicações plausíveis para o meu hoje.

À minha frente deslizam formas e expressões sem sentido. Em mim, desliza o mais sem sentido de quem sente.
Minha atenção é presa por movimentos óbvios, já que me despreendo do que desliza em mim.
Despreendido por ser inexpressível, se mantêm em corpo e mente, mesmo que inaparente.
Nada lhe descreve. Meu hoje transcende descrições, formas, explicações. É simples, não é necessário letras e letras, descrições finitamente amplas para seu entendimento. O meu hoje - como tudo que me satisfaz - mesmo que simples, neutro e diminuto na visão alheia, dilata o que nomeio eu. Não precisa de leitura ou ilustração, se entende por existir, e residir.

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