Saturday, June 17, 2006

sei que ninguém, nem nada, é como parece ser.
e aí tudo acaba se resumindo numa busca interminável, cansativa, mas sempre a busca. e me diz, onde chegamos? chegamos a felicidade, ao extase. não é o bastante? - você me pergunta.
sim. é o suficiente, mas em pouco tempo (ou muito, sendo ele relativo), nos damos conta de que nossa idéia de chegar ao extase; à felicidade, era tão forte, tão intensa, que acabamos sendo traiçoeiros conosco. um com o outro, cada um consigo mesmo. e tudo desmorona. a água bate (!)e nosso castelo de areia se divide em mais milhões de grãos de areia, levados pelo mar. e cada vez mais nos acomodamos - ou aprendemos a lidar com - a solidão. ela acaba se tornando necessária no crescer de todos nós. sendo uma busca insaciavel, estariamos nós, condenados a solidão consequente?
todavia, é pra isso que vivemos, somos compostos de fragmentos, tanto de felicidade quanto de tantos outros sentimentos e ideais...e quando chegamos ao completo? somos completos. nos completamos na busca (sendo ela parcialmente saciada por diversas vezes no percorrer do nosso caminho); juntando fragmentos e cacos de cada virgula na nossa vida. até chegarmos ao ponto final. ou seria um outro ponto de interrogação?





trilha sonora (dido)

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