Thursday, March 01, 2007

não adianta

eu não sinto.
eu empurro, puxo, dou um jeito de fazer a hora quase-certa ser a completamente certa. e mesmo enganando a mim e a quem vê, ela continua sendo quase-certa.
eu faço alguns movimentos que aparentam sutilidade e descrição, mudo-os, moldo-os, mas digo-vos: não há moldagem ou molde feita/o à mãos pro abstrato. e não há mudança feita por nós que desfaça o que foi feito graças a o que é. tão me entendendo? mesmo enganando os olhos e a mente empurrando, puxando, moldando, mudando, eu não sinto. sabe por que? por que não há empurrão, puxada, molde ou mudança que mude o não. não agora...ele cairá ou estagnará por si. moldado pelo tempo, pelo vento, mudado por si.

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