Monday, February 12, 2007

até que volte a caber em mim.

eu como nem tão boa escritora que se preze, sempre gostei que outras palavras me descrevessem. outros textos, trechos. é um comodismo de não se dar ao trabalho de exprimir o que sente já que palavras de outros escritores, mas as palavras certas e na hora certa, calharam de exprimir o que está havendo. sempre me identifiquei tanto com outros trechos, textos, contos, cronicas, poemas, como com músicas. digo, sempre há uma música que se encaixa perfeitamente no que está acontecendo. e se for em outra língua, melhor ainda. parece que a falta de objetividade na língua suaviza ou intensifica qualquer frase sem graça, né?
mas há um detalhe.
e esse detalhe, é que hoje não há nada que consiga dizer o que estou tentando dizer. nem uma música a qual eu me identifique, nem uma simples frase.
aí me pergunto: 'será algo tão projetado que não há nem algo concreto pra fazê-lo real na escrita, ou ele é simplesmente indescritível?'

então, caros amigos, informo-lhes que a partir de hoje, enquanto esse detalhe do comodismo não couber no que sinto, terei que dar-lhes mais de mim. ou seja, meu romantismo com as minhas palavras nas minhas horas certas.

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