Saturday, January 06, 2007

as horas

depois de esperar (pela) quinquagésima vez mais 8 horas pras sexagésimas três horas intermináveis, alegres de tão melancólicas, tic tac, chega. e quando chega, vem a luz, o olofote, e quando se bate de frente se tomba ao vento. a queda é rasa e eu aceno de baixo. sempre de baixo.
depois do sétimo cigarro da noite, do centésimo nono durante toda essa espera que ainda não teve pódio, nem tempo limite (não há limites). acabo dando cabeçadas contra o muro. na verdade, 'my wonderwall', mas ainda assim um muro. e quando se pensa que se subiu de escada e que se assistia de camarote, cai. e quando acorda pensando que conseguiu pulá-lo, repara que continua do mesmo lado, se debatendo 'in your wonderwall'.
foi a quinquagésima, a oitava, a sexagésima terceira, o sétimo, o centésimo nono. foram todas e foram e todas intermináveis. poucas repentinas e momentaneamente intensas que nem se reparava passar. foram as mentirosas e todas as outras. e nunca a última.
não tem contorno nesse muro. e não tem outro lado, o mesmo lado, não tem nem ao menos lado.

desculpas pelo post.

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