se meu tempo não fosse
todo esse tempo que acumulo e guardo
nos dias que não ardo...
...se meu toque não cumprisse a pena
de todos os outros toques que me tocaram
...se meus olhos tivessem a leveza ingênua
para prantear o que desamam
na doçura do que não se sabe
se
se
se
vejo no seu tom meu mais famoso som
vejo na sua estrela o que prometi emudecer
e quase desejo não ter existido
para não ter o que esquecer
mas...
existo
e hoje, da ponta leste
longe do cume e do chão
admiro e entristeço meus olhos no silêncio desse tempo
que não é mais meu
e que desafino na marcha que marcho
me encontro, então
admirada,
na repetição do respiro
que expiro
sem inspirar
é uma pena...
mas não sei viver do ser que já fui
vivido
Friday, April 17, 2009
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