Saturday, April 25, 2009

de tempos

os dias passam e encontro de manhã os mesmos tons do quarto
da tinta, do corpo
vão passando as horas e quase conserto o que não tem conserto
ainda que desconcerte

já quase sem cantar, parei de citar vírgulas
e de vivê-las parei também
agora dei para terminar o interminável
pular a linha
findar a frase
a noite
o sono

o tempo vem passando numa tolerância intragável
num conforto curioso
sem dor ou riso
e hoje
me encontro cada vez mais em tudo que desencontro...

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