Wednesday, March 04, 2009

repeteco

hoje. hoje era um bom dia... se eu fosse falar exatamente o que quero dizer, eu diria sem criar um contexto. eu não criaria um contexto pra poder dizer que você até tem potencial. nada extraordinário, excepcional. nem nada ruim. nada que se possa desprezar. na verdade, usaria uma palavra que roubei de um silêncio meu meiado a um contexto seu: insoso. eu diria que isso tudo é insoso, mas tem potencial. eu diria também que eu não me apaixono assim, devagar. mas desde que te conheci eu tenho levado em consideração quando leio que ir devagar é melhor do que ficar parado. e no meu caso, é mesmo. eu tenho estado muito parada... depois eu continuaria dizendo que as coisas andam muito devagar pr'eu me apaixonar, mas desde que te conheci eu deixo minha porta aberta quando chego em casa por pensar na possibilidade de sair pra te ver. ou de te ver entrar...e eu vinha trancando a porta há muito tempo. por saber e por sentir essa certeza latente de que eu não saíria...que ninguém entraria. então eu te contaria que hoje eu tranquei a porta e depois destranquei. e que isso significa que a minha vontade de levar pr'além, de levar pr'algum lugar esse seu potencial - e meu também -, é quase maior que a minha vontade de ficar sozinha. que é tão latente quanto tudo que eu preciso estudar... depois eu diria que o guilherme arantes cantando um dia, um adeus, não combina em nada com essa caixa de texto que vem sendo preenchida. diria que não há nada de melancólico entre nós além da minha solidão quente de tão fria... eu festejaria sobre o que aconteceu hoje na minha aula, mesmo que pra mim - só pra mim.. por medo de achar que falar de mim é muito desinteressante perto das suas histórias...e te confessaria que quando você olha pra longe e pra todo o resto, que não sou eu, isso renasce em mim minuto a minuto. e aí sim eu te diria que não quero nada de você além de querer. querer, apenas. querer pq eu nao quero há muito tempo. que quero sentir pq eu nao sinto há muito tempo. que quero que você me faça rir pq nao rio há muito tempo. por fim, te contaria, com um peso muito pesado de tão aliviado, que nao é que te quero pq nao te tenho há muito tempo - mas que te quero pq não quero há muito tempo...

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