Monday, April 17, 2006

a visão do inexistente. o conhecimento dele se tornou vago. a ausência de tudo que passou se tornou uma miragem do nada - agora, exterior e pequeno. o nada que se fazia gigante dentro do peito.

são sempre os batimentos que suportam o peso e oferecem riscos. a razão se deixa enganar e se ausenta do corpo e mente, enquanto os batimentos cada vez mais consistentes sustentam dores e risos, sangrando num último, porém infitinito, suspiro. tal ausência dá princípio a pensamentos ilusórios, mentiras inacreditáveis, por vezes acreditadas. crenças metafóricas e a dor do sorriso mudo ensurdecedor.

e não-razão dilacera e omite. sou um completo engano, a incompleta certeza, preenchida de nada.


sou preenchida de vazio, de inexistência. da miragem do existente, do total, dos sentimentos mais intensos. das mentiras diversas e próprias.
sou vítima da minha mente, da minha não-razão, das variadas formas dela...

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- - - eis o melhor e o pior de mim, o meu termômetro e o meu quilate, vem, cara, me retrate, não é impossível, não sou difícil de ler, faça a sua parte, eu sou daqui eu não sou de marte, vem, cara, me repara.

[] marisa monte - infinito particular.

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