minhas palavras
que não rimam
negam-me um soneto
mas gosto de pensar,
com o que resta de manhã
da madrugada que bebi
que se não houvesse
tempo para a calma
talvez os ventos te cantassem
os cruzamentos não fechassem
os pássaros dormissem
nas nuvens brancas em voltas do sol
talvez o dia caísse
sob um sol que talvez se pôsse
talvez os filmes emudecessem
as músicas dissonassem
meus travesseiros sonhassem
o que não ouso sonhar...
talvez o dia se deramasse
sob meus quadros que talvez sussurrassem
e então pode ser que meus livros me contassem
que como quem flutua sob as nuvens
apelo à minha embriaguez, já de manhã
para dizer que não sei te escrever em versos
ainda que o queira, ainda que o faça
Sunday, May 24, 2009
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment