Saturday, December 13, 2008

brahma

sóbria. estou sóbria de amor e álcool. emaranhada em lenços de cores e flores
estou sob sol e nuvens
seca de amor e dores
no caminho da tua solidão -
apaixonada solidão

sem passos, intocados passos
passo

descanso a saudade
mas não deito

para ver levantar
vontade
conto as horas e sei que não há...


nossa eternidade mora num sombroso infinito
dissonante
cem dias que são mais deles do que nossos
mais passados do que os pássaros que acordavam-nos na janela do quarto

até que no dia seguinte eu acordo. sóbria. sóbria e tonta. tonta secura - (água e amor), eu durmo. e não sonho...
acordo na sombra e não há luz. estou sóbria de ti...
mas não demoro

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