Wednesday, December 10, 2008

assim assim

Meu desejo é admirável. Admirável é meu desejo.
Quem admiro, desejo. não Lenine, Chico Buarque, Machado de Assis, Caio fernando, Foucault ou meus admiráveis amigos. Desejo admirando. Admiro desejando. Aspiro. Pretendo. E logo caio.
Subo ao cume do mais apaixonado vermelho. Estranho-me, finco admirada o meu mais novo desejo e a minha admirável paixão em entranhas agora apaixonadas. Enrolo-me, desenho-me, absorvo e caio. Caio emaranhada em lençóis, desejo póros tão admiráveis quanto sua desejosa face. Intimido-me, fico íntima dos lençóis e seus cantos. Encanto-me e aspiro. Aspiro e expiro. Expiro - enfadonha dos póros que não mais admiro, mas decoro. Tediosa dos cantos que não mais me encantam, mas que já canto. Caio no chão e levanto-me a admirar o cume mais alto que o cume do mais apaixonado vermelho. E tudo começa outra vez

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