uma semente ou uma árvore já crescida e com frutos quer sair de mim. um novo parto precisa ser agendado para os próximos dias, ou para as próximas horas. a dilatação não é a do meu corpo, de alguma parte em específico, e sim da minha dor.
sei que precisas ser plantado fora de mim, ou colhido pelo chão que não me baseia. e enquanto isso, nessa espera em que tudo gira em linhas tortas, nada me pode ser tocado. nem tocar. não pela sensibilidade que agora é aguçada, mas o contrário. por ora, sou áspera. mesmo que o toque não use do tato, seria arranhado e arranharia. não só seu destinário ou remetente, mas o próprio toque.
sei que queres partir de mim e estás confabulando sua fuga ou agendando sua data de partida. seu expresso pedirá minha ajuda - sei que virei seu meio de transporte e comunicação - , mesmo que apenas se comunique comigo mesma.
agora que precisas ser plantado, ou colhido, por favor saia, eu te levo, mas não o suporto por muito tempo mais. e vá, não quero arranhá-lo com a minha aspereza como tudo que será arranhado enquantos planas em mim.
no meio do caminho tinha uma pedra. tinha uma pedra no meio do caminho....
Saturday, November 18, 2006
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