Monday, November 13, 2006

palavras vazias utilizadas para espantar o vento que, por ora, é o único som na porta da frente

Alguns erguem suas mãos, sem distinguir seu apelo por socorro ou perdão. E se molham sem saber proteger. Se queimam sem saber aliviar, se jogam por não saber ficar, desconhecendo sua volta na busca pela tarefa interrompida - que há de voltar não só por força do desnorteio, mas também pela busca de seu combustível para chegar até o verdadeiro ponto de partida-.
E enquanto isso fogem e se desesperam no ensaio da caminhada, e descompassam os passos que estavam em sintonia com todo o contexto da paisagem, e esses continuam caminhando de dia como se fosse de noite.
E dentre o silêncio tão ensurdecedor dessa noite ridiculamente sem sentido, as mãos cálidas da própria noite se erguem e suplicam pelo perdão de tê-la aproximado...

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