deitamos sobre a aurora boreal da realidade que nos rodeia
que enlaça o paladar quando experimentamos o que não se sabe enxergar
que invisibiliza os corrimãos enquanto descemos apressados as escadas
sem saber ou ler o que as paredes pixadas estão tentando dizer
vendo de relance o vermelho pulsando na parede
o azul desenfileirado
o verde embriagado
o amarelo escorrido
o branco tingido
descemos. corremos.
e estávamos pintadas, pintando, nas paredes, as paredes.
éramos nós que nos deixamos descritas nas paredes da escadaria.
estávamos tão pouco no descompasso dos nossos passos que chegamos em preto e branco.
admirando a aurora boreal à nossa volta, sem amarras, atadas as estrelas quando a noite vem. um pouco antes do outono chegar.
Thursday, October 26, 2006
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