Saturday, October 28, 2006

dizem que sentir o certo dentro de si, e fazê-lo, é o certo. e não simplesmente respeitar as 'normas universais' sobre o que quer que seja errado e certo.
tenho tido visões repentinas sobre qualquer coisa que passou, e talvez o mérito por essas lembranças nunca tenha sido escrito. poderia escrever muitas linhas, poderia falar até faltar palavras, poderia rimar. mas não existe mais rima. de qualquer forma, o mérito nunca foi escrito, nunca foi estagnado em um papel, nunca foi divido entre as pessoas que o merecem, que pintaram esse quadro, que rimaram essa poesia. esse quadro que secou, agora continua pendurado na minha mente, e só. não mais na parede da sala. essa poesia que o papel rasgou, mas as rimas se perderam dentro da memória. não mais dentre os outros papéis no chão do quarto.
todos queremos méritos, e eu tenho o mérito dessas minhas lembranças. mas não costumamos dividir esse mérito com quem o merece também. e por que não? já passou mas continua estagnado o que a memória amou. será que quem passou, sabe que minha memória foi capaz de amar todos os momentos de pintura e rima que dividimos? não escrevo direcionado a ninguém, e a nenhum momento em especial, mas por essas visões repentinas terem tomado conta da meu ante-sono, queria dizer como aquele quadro que pintamos coloriu todo a sala, como aquela poesia fez o mundo ter rimas. mesmo que não mais o tenha, mesmo que não mais seja colorido da forma que foi, hoje se colore com outras aquarelas, rima com outras palavras...mas quem sabe disso além de mim? e por que não precisa saber ninguem mais além de mim? o pulso ainda pulsa, e ele anda clamando por alguma coisa...

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