Tuesday, March 04, 2008

R.

Eu me rendo à Teodoro, ao samba da Benedito aos sábados, às ladeiras, a São Paulo. Eu me rendo hoje, por todos os outros dias. Eu me rendo às borboletas nos dias do seu aniversário, ao começo e aos fins dos dias, até o fim. Eu me rendo às caminhadas, aos longos passeios, aos longos almoços de domingo, aos meus giros, à chuva fina numa noite quente, me rendo aos convites, às ruas escuras, à euforia, aos problemas, às marcas, às grandes avenidas vazias, à saudade, me rendo ao céu nos espelhos de manhã, à Pamplona, à feijoada, ao que desconheço, ao que conhecerei, ao começo de março, ao começo de tudo, até o fim. Rendo meu tempo, meu pensamento, meu corpo e meu olhar. Por fim, rendo assim minha negação. Não pisco.

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